Foca, o cinéfilo

Começou nesta terça-feira um ciclo de cinema francês moderno na casa de cultura. O engraçado foi que eu descobri isso numa nota de canto do Segundo Caderno da ZH. Isso me deixou completamente besta. Sério mesmo. Tá certo que esse tipo de filme é pra público pequeno, mas não tem cabimento eles falarem há um mês do Matrix (não sou ingênuo... o jabá rolou solto pra promover esse "grande lançamento") e não dedicarem nem uma materiazinha decente pra uma mostra que visa estreitar as relações franco-gaúchas.



Fui ver o filme de hoje, Diga-me que Estou Sonhando (foto acima), uma produção simples, barata, bem dirigida e com uma história densa e interesante.

Na real, é um alívio saber que ainda se pode fazer filmes interessantes com poucos recursos. Onde boas idéias ainda prevalecem sobre efeitos fantasiosos. Que longas tomadas e diálogos complexos conseguem prender a atenção dos olhos já acostumados à nova ordem hollywoodiana de cortes rápidos, falas monossilábicas e seqüências vertiginosas (onde a gente mal sabe o que está acontecendo).

Pra não dizerem que eu sou um chato metido a culto, já combinei para amanhã uma sessãozinha de Simone que é pra não perder o hábito de se alienar com enlatados americanos. Ah, mas vou só pelo Al Pacino (já tenho a desculpa prontinha na ponta da língua).