Carandiru
O filme Carandiru tem se apresentado como o Rubinho Barrichello do cinema nacional. O candidato brasileiro a Palma de Ouro em Cannes, até o momento, tem a decepcionante nota-média de 1.6. Quatro criticos avaliaram o filme como "pobre", um deu nota "ruim", quatro "regulares" e um "excelente". E o homem que julgou Carandiru "excelente" é da Estônia (heheheh... sem querer ser preconceituoso, mas já sendo). Apesar disso, o filme tem tido boa recepção de público, segundo o correspondente da Folha de São Paulo em Cannes.
A Opinião de Foca News: Ora, quem viu Carandiru, sabe que a produção não se trata de um filme de arte. É cinema de entretenimento e nisso ele é muito bom. Eu, particularmente, gostei de Carandiru, assim como eu gostei de o Exterminador do Futuro e Débi & Lóide. O filme tem bons momentos, como a conversão do presidiário e as cenas com o Rodrigo Santoro. Mas o que incomoda realmente é que o filme tem cara de novela da Globo, com aquelas histórinhas alegres e divertidas contadas pelos bandidos. Não li o livro do Drauzio Varella e nunca produzi um longa metragem. Mas penso que o filme poderia tratar mais dos problemas dos presidiários e seus dilemas reais dentro daquela selva - e não apenas decidir com qual das mulheres o Majestade deveria ficar. Foram 140 minutos de bom entretenimento e nenhuma reflexão.
Isso que o filme foi covarde em não citar o nome do governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, na cena de entrada dos policiais antes do massacre. Babenco também fez questão de inventar atenuantes para os presidiários, criando uma áurea de bonzinhos para os presidiários - matou um comparsa para evitar ser morto; outro assassinou dois bandidos que estupraram sua irmã; um terceiro atirou na esposa que, além de traí-lo, havia tentado roubar todo o seu dinheiro; e por aí afora. Como justificativa para essa história de novela global, o cineasta apela para a saída de que "esta é a visão dos presos"... arrram... Tudo bem que existem mesmo muitos injustiçados nas penitenciárias brasileiras, mas todos eles... aí já é demais, não? Isso sem falar que nenhum dos personagens principais morre durante o massacre.
É até triste que tenha sido esse o resultado final de Carandiru, já que se trata de um tema riquíssimo a ser explorado. Mas quem disse que o cinema brasileiro não pode parecer com Hollywood de vez enquando? É triste que esse filme tenha sido feito só para ganhar dinheiro.
O filme Carandiru tem se apresentado como o Rubinho Barrichello do cinema nacional. O candidato brasileiro a Palma de Ouro em Cannes, até o momento, tem a decepcionante nota-média de 1.6. Quatro criticos avaliaram o filme como "pobre", um deu nota "ruim", quatro "regulares" e um "excelente". E o homem que julgou Carandiru "excelente" é da Estônia (heheheh... sem querer ser preconceituoso, mas já sendo). Apesar disso, o filme tem tido boa recepção de público, segundo o correspondente da Folha de São Paulo em Cannes.
A Opinião de Foca News: Ora, quem viu Carandiru, sabe que a produção não se trata de um filme de arte. É cinema de entretenimento e nisso ele é muito bom. Eu, particularmente, gostei de Carandiru, assim como eu gostei de o Exterminador do Futuro e Débi & Lóide. O filme tem bons momentos, como a conversão do presidiário e as cenas com o Rodrigo Santoro. Mas o que incomoda realmente é que o filme tem cara de novela da Globo, com aquelas histórinhas alegres e divertidas contadas pelos bandidos. Não li o livro do Drauzio Varella e nunca produzi um longa metragem. Mas penso que o filme poderia tratar mais dos problemas dos presidiários e seus dilemas reais dentro daquela selva - e não apenas decidir com qual das mulheres o Majestade deveria ficar. Foram 140 minutos de bom entretenimento e nenhuma reflexão.
Isso que o filme foi covarde em não citar o nome do governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, na cena de entrada dos policiais antes do massacre. Babenco também fez questão de inventar atenuantes para os presidiários, criando uma áurea de bonzinhos para os presidiários - matou um comparsa para evitar ser morto; outro assassinou dois bandidos que estupraram sua irmã; um terceiro atirou na esposa que, além de traí-lo, havia tentado roubar todo o seu dinheiro; e por aí afora. Como justificativa para essa história de novela global, o cineasta apela para a saída de que "esta é a visão dos presos"... arrram... Tudo bem que existem mesmo muitos injustiçados nas penitenciárias brasileiras, mas todos eles... aí já é demais, não? Isso sem falar que nenhum dos personagens principais morre durante o massacre.
É até triste que tenha sido esse o resultado final de Carandiru, já que se trata de um tema riquíssimo a ser explorado. Mas quem disse que o cinema brasileiro não pode parecer com Hollywood de vez enquando? É triste que esse filme tenha sido feito só para ganhar dinheiro.
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