Tô me setindo um pouco como Arthur Schopenhauer, autor desse livrinho aí acima, A Arte de Ser Feliz.
O que a primeira vista parece ser mais uma daquelas picaretagens de auto-ajuda, na verdade é um belo tratado filosófico lançado em 1999 a partir de rascunhos e manuscritos inéditos de Schopenhauer encontrados pelo estudioso Franco Volpi.
Bom, essa punheta intelectual serviu só pra dizer que o cara (um pessimista convicto, nascido em 1788 e morto em 1860) tem idéias muito interessantes e que eu realmente concordo em vários pontos sobre a tão falada e sonhada "felicidade humana".
O que ela seria? Como poderemos alcançá-la?
Na verdade, ela não passa de uma ilusão utópica, algo que a gente luta desesperadamente alcançar mas que na realidade não existe. felicidade sonhada pela humanidade por meio de imagens criadas por poetas (algo como os publicitários nos dias de hoje). A felicidade seria uma ilusão quimérica e inalcançável porque sempre aparece de novas formas. A perseguição desse fim acaba tendo como resultado único e exclusivo uma maior exposição à dor e ao sofrimento.
Então, segundo Schopenhauer, o primeiro passo na busca da felicidade atíngível deve ser o reconhecimento de que ela não existe realmente. Ela seria "um estado de saudável equilíbrio, em que os desejos encontram-se satisfeitos na medida do possível, de maneira a não causar sofrimento, e em que se reconhece o valor da serenidade como superior ao da busca por algo que é, por definição, inalcançável".
Então amigos, o psicocharlatão Sigmound Foca dá a receita de seu atual estado de felicidade:
- Estabeleça com clareza o que é prioritário e o que é supérfluo na sua vida;
- Bens de consumo só te trazem alegria momentânea. Não deixe de se presentear, mas nunca de modo compulsivo.
- Amigos nem sempre te deixam alegre. Ajude-os sempre que precisarem, mas não se esqueça das suas prioridades. Resumindo: fuja dos malas!
- Faça coisas simples mas que você não costuma fazer, seja acordar cedo, seja ficar acordado até as cinco da manhã assitindo filmes.
- Seja sempre sincero consigo mesmo e com os outros.
- Diga "obrigado" ao motorista do ônibus na hora de descer.
- Dias de sol não foram feitos para ficar em casa, ok?
- Boa música alegra o ambiente.
- Escolha filmes que refletem a vida de pessoas comuns como você.
- Procure saber mais sobre as pessoas e aprender algo de útil a cada conversa, seja ela a sua mãe, sua tia ou a menina que está tentando impressionar em uma festa.
a real grandeza do que parecem ser infortúnios ou golpes de sorte, saber avaliar a diferença entre ser e ter ou representar são algumas das recomendações simples, capaz de trazer um pouco de sobriedade a um mundo tomado pela embriaguez do consumo.
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