Foca (in the Sky with Diamonds)

terça-feira, setembro 03, 2002

Vida de Foca

Hoje fui no cinema, aproveitar a promoção do Cinemark Canoas, com as sessões de segunda feira custando dois real e cinquenta centavos. Barato, né? Ainda mais pra ver filmes com salas DTS, ar condicionado, brigada anti-incêndio e salas stadium onde ninguém atrapalha sua visão, de qualquer parte do cinema. Só no Cinemark, é claro! ($$$$)

Voltando ao post, o filme escolhido foi Minority Report, aquele estrelado pelo Tom Cruz e dirigido pelo Steven Spilbergo.

Escolhi um lugar bacana e tive o cuidado de deixar um hiato de duas cadeiras com o corredor e com o outro expectador à minha esquerda. Começam os trailers. Nisso, toca o celular do rapaz ao lado. Penso com meus botões, puxa vida, vou acabar me incomodando com esse cara...

Nisso, ao invés do infeliz desligar o telefone, ele começa a conversar:

- Tô aqui no Cinemark (é claro, só podia ser no Cinemark $$$), vou vê o MINÓRITI....

Trailers seguem, incluindo Sinais (que deve ser bacana) e o Scooby Doo (muito legal!)

De repente, chega o cara que estava falando no telefone com o meu vizinho da esquerda. Ele senta ao lado de seu colega e coloca sua mochila na única cadeira de espaço entre a gente. Putz... Senti que não ia ter muita paz.

Conversa vai, conversa vem, o filme começa...

Seguiu-se silêncio, embora houvesse comentários entre os dois ao meu lado em algumas cenas. Mas lá, quase no final do filme, os comentários geram conversas especulativas sobre o final do filme. Começo a olhar descaradamente para o cidadão ao meu lado quando o celular deste maldito toca. Novamente:

- Bah, não posso te atender (então porque atendeu????)...._tô no cinema.... vendo MINÓRITI....

Continua a conversa dos dois.

Novamente encaro meu vizinho pra ver se ele finalmente desconfia do crime que ele está cometendo contra a minha paciência. A conversa não para. Ainda olhando fixamente em seus olhos, com o cara virado pro colega dele, decido agitar o banco que nos separa, pra que ele finalmente perceba que está me incomodando.

Então eu pego na ponta da cadeira e me preparo para levantá-la quando ele se vira assustado pra mim. Nos encaramos finalmente olho no olho. Ele não diz nada. Eu rapidamente tiro a mão do bando. E ele, abaixa a cabeça, pega sua mochila e a protege no colo.

Pronto. O cara deve ter achado que eu era ladrão! Ladrão de cinema! Que desaforo. O cara fica lá atrapalhando todo mundo e eu ainda saio com fama de mal. Apesar do cara ter ficado assustado, o bate papo entre os dois continua até o final do filme...