Bom, atendendo a inumeros pedidos, preparei uma matéria bem bacana sobre o show dos Los Hermanos, na última segunda, no Manara:
Porto Alegre adota os simpáticos Los Hermanos
Incerteza. Essa seria a palavra ideal para definir o pensamento de Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina antes do segundo show dos Los Hermanos em Porto Alegre. Afinal, a estréia do grupo carioca em terras gaúchas foi, no mínimo, decepcionante. Escalada de última hora para reabertura do Bar Opinião, como atração surpresa, os Los Hermanos não conseguiram conquistar a simpatia do público. O repertório da banda ainda era desconhecido, a excessão é claro, do fenômeno Anna Júlia.
Três anos se passaram desde então. De lá pra cá, Anna Julia ganhou nefastas versões em forró e em inglês, a banda comprou briga com a Abril Music, demitiu o baixista e gravou o melhor disco nacional de 2001, Bloco do Eu Sozinho.
A segunda apresentação dos cariocas em terras gaúchas serviu para apagas quaisquer más impressões de ambos os lados. Casa cheia, um feito raro para as festas da Segunda Maluca. A abertura ficou por conta da Tom Bloch, uma das melhores bandas do underground gaúcho. Não precisa ser nenhum grande expert em música pra perceber que a banda do Pedro Veríssimo bebe direto da fonte do Radiohead e demais bandas inglesas. A Tom Bloch apresentou parte do repertório de seu primeiro CD, que sai até o final do ano. Pelo show, já se pode perceber que vem coisa boa por aí. Destaque pra canções como Química e o quase-hit Nossa Senhora.
Voltando aos Hermanos, era meia-noite e maia quando a banda subiu tímida ao palco. Marcelo Camelo mal podia acreditar que 800 pessoas estavam ali só pra ver a sua banda, que há três anos, saia vaiada do palco do Opinião. A primeira canção da noite, A Flor, foi cantada foi cantada em uníssono pela platéia. Rodrigo e Camelo se olhavam e mal acreditavam no que viam. Seguiu-se então Todo Carnaval Tem Seu Fim e, em seguida, Amarante assumiu os vocais para a simpática Retrato Pra Iaiá. Não era preciso mais nenhuma canção pra perceber que o público gaúcho já havia adotado o Los Hermanos.
Seguiu-se brincadeiras de ambas as partes: "É Porto Alegre aqui, né?", perguntava Rodrigo. Os presentes respondiam e pediam músicas. Visivelmente emocionados com a calorosa recepção, a banda aproveitou pra tocar as energéticas canções de seu disco de estréia, como Descoberta, Pierrot e Tenha Dó, quando o público chegava a ensaiar rodas punk.
Os cariocas arriscaram três covers: Traumas, do Roberto Carlos; Desce, do Arnaldo Antunes e Palo Alto, do Belchior. Apesar disso, a esperada canja de Frank Jorge acabou não rolando. Frank acompanhou o show dos Hermanos acompanhado de sua senhora e de um imponente cachimbo. O show continuou, com ênfase no repertório de Bloco e suas belas canções como Fingi Na Hora Rir, Casa Pré-Fabricada e a irresistível Sentimental. Todas as letras, devidamente decoradas pelos presentes. É preciso destacar também a performance de palco e as diversas caretasd o multi-instrumentista Rodrigo Amarante. De longe, ele lembra muito o Hique Gomez. A música escolhida para a despedida foi a apaixonada Assim Será.
Mas ainda é cedo para falar em despedida. Apesar do bis não ter acontecido, o carinho reciproco entre banda e público deve trazer os cariocas de volta aos palcos gaúchos ainda este ano. Fica aí uma questão: depois de Porto Alegre acolher e adotar grupos medíocres como Tribo de Jah, Natiruts, Nayah, Canamaré, entre outros, seria muito bom que os Hermaos passassem mais tempo por aqui e fizessem uma turnê pelo interior do estado.
E no final das contas, ninguém percebeu que a Anna Júlia ficou de fora da festa...
Porto Alegre adota os simpáticos Los Hermanos
Incerteza. Essa seria a palavra ideal para definir o pensamento de Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina antes do segundo show dos Los Hermanos em Porto Alegre. Afinal, a estréia do grupo carioca em terras gaúchas foi, no mínimo, decepcionante. Escalada de última hora para reabertura do Bar Opinião, como atração surpresa, os Los Hermanos não conseguiram conquistar a simpatia do público. O repertório da banda ainda era desconhecido, a excessão é claro, do fenômeno Anna Júlia.
Três anos se passaram desde então. De lá pra cá, Anna Julia ganhou nefastas versões em forró e em inglês, a banda comprou briga com a Abril Music, demitiu o baixista e gravou o melhor disco nacional de 2001, Bloco do Eu Sozinho.
A segunda apresentação dos cariocas em terras gaúchas serviu para apagas quaisquer más impressões de ambos os lados. Casa cheia, um feito raro para as festas da Segunda Maluca. A abertura ficou por conta da Tom Bloch, uma das melhores bandas do underground gaúcho. Não precisa ser nenhum grande expert em música pra perceber que a banda do Pedro Veríssimo bebe direto da fonte do Radiohead e demais bandas inglesas. A Tom Bloch apresentou parte do repertório de seu primeiro CD, que sai até o final do ano. Pelo show, já se pode perceber que vem coisa boa por aí. Destaque pra canções como Química e o quase-hit Nossa Senhora.
Voltando aos Hermanos, era meia-noite e maia quando a banda subiu tímida ao palco. Marcelo Camelo mal podia acreditar que 800 pessoas estavam ali só pra ver a sua banda, que há três anos, saia vaiada do palco do Opinião. A primeira canção da noite, A Flor, foi cantada foi cantada em uníssono pela platéia. Rodrigo e Camelo se olhavam e mal acreditavam no que viam. Seguiu-se então Todo Carnaval Tem Seu Fim e, em seguida, Amarante assumiu os vocais para a simpática Retrato Pra Iaiá. Não era preciso mais nenhuma canção pra perceber que o público gaúcho já havia adotado o Los Hermanos.
Seguiu-se brincadeiras de ambas as partes: "É Porto Alegre aqui, né?", perguntava Rodrigo. Os presentes respondiam e pediam músicas. Visivelmente emocionados com a calorosa recepção, a banda aproveitou pra tocar as energéticas canções de seu disco de estréia, como Descoberta, Pierrot e Tenha Dó, quando o público chegava a ensaiar rodas punk.
Os cariocas arriscaram três covers: Traumas, do Roberto Carlos; Desce, do Arnaldo Antunes e Palo Alto, do Belchior. Apesar disso, a esperada canja de Frank Jorge acabou não rolando. Frank acompanhou o show dos Hermanos acompanhado de sua senhora e de um imponente cachimbo. O show continuou, com ênfase no repertório de Bloco e suas belas canções como Fingi Na Hora Rir, Casa Pré-Fabricada e a irresistível Sentimental. Todas as letras, devidamente decoradas pelos presentes. É preciso destacar também a performance de palco e as diversas caretasd o multi-instrumentista Rodrigo Amarante. De longe, ele lembra muito o Hique Gomez. A música escolhida para a despedida foi a apaixonada Assim Será.
Mas ainda é cedo para falar em despedida. Apesar do bis não ter acontecido, o carinho reciproco entre banda e público deve trazer os cariocas de volta aos palcos gaúchos ainda este ano. Fica aí uma questão: depois de Porto Alegre acolher e adotar grupos medíocres como Tribo de Jah, Natiruts, Nayah, Canamaré, entre outros, seria muito bom que os Hermaos passassem mais tempo por aqui e fizessem uma turnê pelo interior do estado.
E no final das contas, ninguém percebeu que a Anna Júlia ficou de fora da festa...
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