Foca (in the Sky with Diamonds)

quinta-feira, fevereiro 06, 2003

Notícias sobre o Iraque - Cobertura Foca News de mais uma matança em nome da "liberdade"

Uma comissão de deputados brasileiros está em Bagdá. Entre eles, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Orlando Fantazzini (PT-SP), que deu uma entrevista ao site da Câmara dos Deputados. A matéria foi copiada por FN, sob autorização do site. Dá pra ter uma noção da situação do país atualmente. Confira se seu jornal diário publica alguma matéria relacianada a essa ou com o perfil de esclarecer a real situação no Golfo Pérsico.



Comitiva brasileira descreve situação no Iraque

O governo de Saddam Hussein, no Iraque, disse que as provas apresentadas ontem pelo Secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, ao Conselho de Segurança da Nações Unidas são antigas e forjadas. A declaração foi feita à imprensa internacional e à comitiva de 33 parlamentares europeus e quatro deputados brasileiros que está em Bagdá. São eles o deputado Jamil Murad (PCdoB-SP), Tarcísio Zimmermann (PT-SP), Dr. Rosinha (PT-PR) e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Orlando Fantazzini (PT-SP), que, por telefone, descreveu ao repórter Cláuder Diniz, da TV Câmara, como está o povo iraquiano na iminência de um ataque dos Estados Unidos.

Repórter: As tropas iraquianas estão em alerta nas ruas?
Fantazzini: Antes de chegarmos, tínhamos a expectativa de encontrar um país em estado de alerta. Entretanto, para nossa surpresa, não encontramos tropas pelas ruas nem mesmo preparativos para enfrentar um suposto ataque norte-americano. Nós encontramos um país vivendo a sua normalidade cotidiana.

Repórter: O povo iraquiano se mostra apreensivo?
Fantazzini: Não conseguimos identificar nos rostos das pessoas nenhum tipo de temor, nenhum tipo de apreensão. Sei que parece difícil de entender, mas é isso o que nós encontramos aqui.

Repórter: Como está o abastecimento de comida e remédios?
Fantazzini: O maior problema que o Iraque sofre é justamente o bloqueio econômico. Há falta de medicamentos, há problemas ainda no tratamento de água e a energia elétrica só foi restabelecida há um ano. Muitos dos problemas detectados hoje referem-se, na verdade, à guerra que aconteceu no passado e ao bloqueio econômico.

Repórter: Qual a avaliação dos deputados que se encontram no Iraque sobre a real possibilidade de uma nova guerra?
Fantazzini: Estamos aqui para dizer não à guerra, e temos muita esperança de que é possível evitar mais um holocausto a esse povo, que é hospitaleiro, muito cordial, e que não merece passar novamente por esse sofrimento.