Foca (in the Sky with Diamonds)

quarta-feira, janeiro 15, 2003

Vocês já assistiram A Casa das Sete Mulheres?

Pois é, eu assisti a alguns pedaços de capítulos. Se eu falar que não gostei, vão me chamar de chato e implicante. Mas na minha opinião a Globo pisou na bola de novo.

Não sei se vocês se lembram de séries como Agosto, Anos Rebeldes, Engraçadinha, O Auto da Compadecida e Hilda Furacão, essas produções realmente clássicas, daquelas que quando termina um capítulo, você fica esperando ansiosamente pra ver o próximo. Daquelas que a história te prende desde a primeira cena até o último capítulo.

A Casa das Sete Mulheres provavelmente é a aposta da Globo pra superar os fiascos de O Quinto dos Infernos e A Presença de Anita. As histórias eram fracas e havia o uso excessivo de humor pastelão e exposição sexual gratuíta (ao contrário de Engraçadinha, onde a sexualidade era o tema principal).

Claro que a produção é belissíma, super caprichada e coisa e tal. O figurino e o sotaque dos atores estão impecáveis. O legal é o desempenho dos atores da terrinha, principalmente o Werner nãoseiescreverosobrenomedele, que dá um show a parte. O grande problema da Casa é a embromação da história. Todas as mulheres mais novas da tal Casa das Sete Mulheres tem paixões proíbidas, aquelas coisas piegas, chatíssimas, típicas de novela das seis. Tudo bem fazer algo româmtico e tal, mas não precisa recriar um cenário inteiro pra contar uma história requentada de 30 anos de teledramaturgia na tevê brasileira.

As cenas de batalhas são super legais. Mas elas só servem mesmo de pano de fundo pra trama, assim como o desastre do navio em Titanic. Acho que todos os clichês românticos serão usados até o final da mini-série. O meu veredito é: vale pela História, mas não pela história. Pelo jeito vai demorar pra tevê brasileira fazer uma reconstituição histórica tão bela quanto em Agosto e Anos Rebeldes.